Saturday, June 16, 2007

Eu quero subir, um a um, os degraus da nossa casa


"Se não fosses tu não valia a pena. Se não fosses tu não havia o mar. Se não fosses tu não havia a casa, nem o pão,nem o primoroso cristal do sal à nossa frente. Se não fosses tu não tinhamos chegado até aqui onde o esplendor bate nos meus olhos a iluminar o céu inteiro.(...) Tu és o aro de metal agarrado ao meu coração já de si pesado e se me quisesse mexer agora não saberia como fazer, para que lado. Tu vais e espero que regresses só o tempo necessário em que morro num soluço. (...) Se pudesse as minhas mãos faziam parte do teu corpo para sempre. Só quero ouvir falar de coisas impossíveis. O mar estendido à nossa frente e todos os dias as ilhas seguem imperturbáveis o seu curso."

1 comment:

Gonçalo Costa said...

Com tanta agitação, tanto murmurio, tanta busca, sob tamanha odisseia, perdi-me. Mas será que isso importa? Será que ela procurava uma soluçao efectiva, ou preferirá um desencontro efémero? Nem ela o sabia. Mas gostava de pensar nisso.Nas improbabilidades das sucessivas marés e dos repetidos pôr-de-sol.
Ela só procurava a lua. E assim anoiteceu.